sábado, 28 de maio de 2011

Selo de Reconhecimento

O CineMuslim foi indicado pelo blog amigo Diário de uma muçulmana. Após quase um ano sem atualizações, a equipe do CineMuslim agradece o carinho e a consideração da irmã Mayane. E a parabeniza pelo excelente trabalho, que contribui imensamente no combate à islamofobia.

Regras:

-> Exibir a imagem “olha que blog maneiro”;

-> Exibir o link do blog que te indicou;

-> Indicar 10 blogs de sua preferência;

-> Avisar os indicados;

-> Publicar as regras;

-> Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

Começando com 7 indicações:

* Blog do Islamic Chat
* Salaam Paz
* Cartas Islâmicas
* Poder da Palavra
* Oriente Próximo
* Brazilian Concert Music
* Mosaico Negro no Brasil

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Clássicos do Cinema Egípcio

IMAGENS DO ORIENTE – CLÁSSICOS DO CINEMA EGÍPCIO
Galeria Olido - Cine Olido. Centro. De 25/6 a 1º/7. +10 anos. R$ 1

Desde 2007, o Festival de Cinema Imagens do Oriente exibe em São Paulo a mais recente produção cinematográfica de países árabes e islâmicos. O evento é uma correalização do Instituto da Cultura Árabe e do Centro de Estudos Árabes da USP, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o CineSESC. Em sua quarta edição, o Festival celebra os 130 anos da imigração árabe ao Brasil, exibindo os maiores clássicos do cinema egípcio, realizados entre os anos de 1949 e 1980. A iniciativa tem Apoio: Ministério da Cultura do Egito, Consulado do Egito no Brasil, Biblioteca Alexandrina (Egito) e Embaixada do Brasil no Egito.
| Todas as projeções têm suporte em 35mm.

O DESEJO DA GARÇA
(Du’á’al-karawán, 1959, 109 min). Dir.: Henry Barakat. Com Faten Hamama, Ahmed Mazhar, Amina Rizk e outros.
Na zona rural do Egito, mulher planeja se vingar de um engenheiro que destruiu sua família, levando sua irmã à morte e condenando-a a viver na desonra. Adaptação de romance de Taha Hussein.
| Dia 25, 15h. Dia 26, 19h30

PAQUERANDO AS GAROTAS
(Ghazal el banat, 1949, 120 min). Dir.: Anwar Wagdi. Com Naguib el-Rihani, Laila Mourad, Anwar Wagdi e outros.
Professor pobre de língua árabe é demitido da escola de ensino fundamental para meninas por não poder controlar as alunas travessas. Contratado por um pachá, muda-se para um palácio no qual trabalha como tutor da filha do magnata, enfrentando brusca mudança social.
| Dia 25, 17h. Dia 27, 15h

A TERRA
(Al-ard, 1970, 130 min). Dir.: Youssef Chahine. Com Hamdy Ahmed, Yehia Chahine, Ezzat El Alaili e outros.
O filme narra um conflito camponês no Egito rural, em 1930, e explora a complexa relação entre interesses individuais e respostas coletivas para enfrentar a opressão. Baseado em um romance popular de Abd el-Rahman al-Sharqawi.
| Dia 25, 19h30. Dia 26, 17h

O CARTEIRO
(Al-bústagui, 1968, 100 min). Dir.: Hussein Kamal. Com Seif El Dine, Soheir El-Morshidy, Salah Mansour e outros.
Jovem carteiro do Cairo é nomeado para ocupar o posto de fiscal em uma agência de correio de uma pequena aldeia do Alto Egito. Lá, distante de todos, sofre com as diferenças sociais e enfrenta a solidão, até se apaixonar por uma moradora.
| Dia 26, 15h. Dia 27, 17h

ALGUM MEDO
(Shay’min al-khawf, 1969, 112 min). Dir.: Hussein Kamal. Com Yehia Chahine, Mohammed Tawfik, Shadya e outros.
O prepotente líder de uma aldeia egípcia se curva à paixão por Fu’áda, que o desafia. Baseado em conto do escritor Tharwat ‘Ukásha, o filme é um dos mais populares do Egito.
| Dia 29, 15h. Dia 30, 19h30

DIÁRIO DE UM FISCAL RURAL
(Yawmiyyát na’ib fi al-aryáf, 1968, 123 min). Dir.: Tewfik Saleh. Com Raviya Achour, Ahmed Abdelhalim, Tewfik El Dekn e outros.
O filme registra as atividades diárias e as atribulações de um funcionário público nomeado para exercer as funções de Justiça em uma aldeia do interior do país. Baseado na novela homônima de Tawfiq Al-Hakim, um dos maiores escritores egípcios da metade do século 20.
| Dia 29, 17h. Dia 1º/7, 19h30

A MÚMIA
(Al-mumia, 1969, 102 min). Dir.: Chadi Abdel Salam. Com Ahmed Marei, Ahmad Hegazi, Zouzou Hamdy El-Hakim e outros.
Ambientado em 1881, às vésperas do domínio colonial britânico, o longa é baseado na história verdadeira de Abd el-Rasuls, e revela um clã superior egípcio que, ao saquear um sítio arqueológico descoberto, passa a vender no mercado negro as múmias e outros tesouros da tumba.
| Dia 29, 19h30. Dia 1º/7, 15h

A SEGUNDA ESPOSA
(Al-zawja Al-thániya, 1967, 105 min). Dir.: Salah Abouseif. Com Soad Hosny, Shukry Sarhan, Soheir El-Morshidy e outros.
Após anos de matrimônio, um rico proprietário rural que não consegue ter filhos decide procurar uma segunda esposa, com o consentimento da mulher oficial. Ele escolhe uma moça já casada e a força que se divorcie. Revoltada com a injustiça, ela planeja destruir o pretendente.
| Dia 30, 15h. Dia 1º/7, 17h

O COLAR E A PULSEIRA
(Al-túq wa al-iswára, 1986, 110 min). Dir.: Khairy Bishara. Com Muhammad Munir, Sherihan, Furdus Abdulhamid e outros.
Considerado o primeiro neorrealista a redescobrir a música e a dança, o diretor realizou este drama estrelado pelo famoso cantor pop núbio Muhammad Munir, e se inspirou em um romance de Yahya Taher Abdullah. Trata-se de uma crítica ao atraso árabe, com personagens típicos, como o santarrão de aldeia e o místico, os quais fazem um retrato dos problemas vividos por essa sociedade e sua falta de perspectivas.
| Dia 30, 17h

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mohsen Makhmalbaf [1998)]


O Silêncio, de Mohsen Makhmalbaf
Análise da construção de significados
e de ambientes através da trilha sonora

Marco Scarassatti

"...tenho a sensação de que devem existir outras maneiras de trabalhar o som, que nos permitiriam ser mais exatos com o mundo interior que tentamos reproduzir na tela; não só o mundo interior do autor, mas aquilo que é intrínseco ao próprio mundo, que faz parte da sua essência e não depende de nós." (Tarkovski,1990:194)

A proposição dessa análise adianta-se para a questão da identificação de um modo poético na representação do espaço sonoro e a significação do som e da música na composição narrativa do filme. Nesse sentido, o diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf e seu desenhista de sons Behrouz Shahamat, buscam usar o som como um agente produtor de espaços mentais subjetivos que se interpõe à relação do espectador com a imagem. Logo na apresentação do título, o tema da sinfonia nº 5 de Beethoven aparece nos acordes de um rubab, instrumento típico dessa região de cultura persa. Essa inserção contrasta com o ruído ambiente no aparecimento do primeiro plano do filme: uma casa à beira de um rio ou lago, onde se escuta uma resultante sonora grave e contínua. Esse relativo silêncio e tranqüilidade são rompidos com o retorno do tema proposto por Beethoven, mas agora sugerido no agressivo bater na porta de uma mão masculina: bambambambam.

É delineada nesse momento a relação que se estabelecerá por todo o filme entre a representação da agressividade e poder contidos na célula rítmica do bater da porta e a conversão sublimada e afinação poética do medo e perigo nos acordes da sinfonia de Beethoven. Com essa relação que se estabelece, todo o som, ruído e música se convertem dentro da diegese fílmica, inviabilizando uma inserção não diegética da trilha sonora. Toda a trilha pode, com isso, ser analisada como diegética ou mesmo meta-diegética, quando ela se refere a uma percepção alterada da personagem em relação aos sons que escuta.

A escuta é vital para Korshid, uma criança cega, personagem central da narrativa, que constrói e redimensiona a realidade vivida através da sua relação com os sons e os sentidos atribuídos às fontes sonoras com as quais se relaciona. Korshid tem aparentemente 9 para 10 anos de idade, mora com sua mãe e trabalha como afinador de instrumentos. O filme flagra cinco dias do cotidiano do menino, que precisa levantar o dinheiro do aluguel para que ele e sua mãe não sejam despejados da casa onde moram. Nesse sentido Korshid protagoniza individualmente alguns aspectos de um drama social do Irã contemporâneo: o desemprego, a miséria, a condição da mulher e a exploração do trabalho infantil, já que sua mãe não pode trabalhar, pois, embora tenha sido abandonada pelo marido (que se mudou para a Rússia à procura de oportunidade), culturalmente deve manter-se dependente dele.

A exploração e abordagem da realidade social e dos dramas contemporâneos, tais como o desemprego e a miséria, através de histórias protagonizadas muitas vezes por crianças, bem como a utilização de cenários reais e de um elenco não profissional, que estivesse identificado com esses espaços, aproxima e liga uma vertente do cinema iraniano, dos anos 90, ao neo-realismo italiano. No filme "O Silêncio", de Mohsen Makmalbaf, de 1998, essas características também aparecem, mas o que chama atenção é a maneira como há uma transcendência dos preceitos neo-realistas no aspecto do uso do ruído, do som e da música, absorvendo o espectador para a audição como construtora do sentido cotidiano de realidade, tal qual o é para o protagonista na sua relação com os sons da sua intimidade, sua casa e seu trajeto, determinando o valor simbólico da escuta dos sons no espaço fílmico.

Quando Gaston Bachelar, em A Poética do espaço, procura determinar "o valor humano dos espaços de posse, espaços proibidos a forças adversas, espaços amados" (Bachelar, 1974:353), reporta-se ao estudo de imagens poéticas que evocam e reconstroem esses espaços. Sejam eles de intimidade ou exteriores, podem ser deflagrados através dos sons, tornando-se espaços de devaneios, que nos transportam ao que Félix Gattari chama de "folheado sincrônico de espaços heterogêneos", ou seja, uma múltipla camada de localidades (odores, imagens, sonoridades e percepções) ativadas pelas memórias das experiências vividas e que são disparadas diante de uma nova experiência sensorial e perceptiva.

A relação do som com o espaço, transporta o espectador, o transeunte, ou o artista para o espaço afetivo. E no filme, a representação da tranqüilidade do lar é quebrada pela batida na porta, sinal sonoro que vem de fora, rompe o silêncio e associa-se à autoridade do proprietário da casa onde moram Korshid e sua mãe, e que vem toda manhã cobrar as mensalidades atrasadas, sob pena do despejo. Essa figura de autoridade causadora da instabilidade e medo, masculina e adulta, é relacionada também ao dono da oficina de instrumentos onde o menino trabalha, e que também pressiona Korshid e o acusa de não fazer seu serviço direito.

Voltando à primeira seqüência do filme, Korshid, assim que escuta a batida na porta, converte-se no som da abelha que busca o vôo, saindo do recipiente no qual estava aprisionada; e metaforiza, pedindo a Deus que ela não se perca no caminho,e que encontre flores, e não estercos, para pousar. Quando mais à frente encontra seu patrão, o menino se concentra novamente no som da abelha e percebe que ali ela não estaria pousando em flores, mas sim no estrume. A associação de Korshid com a abelha fica clara quando sua amiga Naderah mostra com os dedos sua imagem no espelho e diz: esse é você, Korshid e o zumbido bom de uma abelha retorna ao primeiro plano de som.

Os espaços mentais construídos por Makhmalbaf através dos sons ouvidos pelo menino são associativos. Freqüentemente Korshid metaforiza seu ofício de afinador: recomenda que uma abelha com um zumbido ruim pouse em flores boas para melhorar seu som, afina os instrumentos da oficina que trabalha, afina a batida de trabalho de outras crianças, afina o medo em música e todo o entorno ao seu cotidiano.

O filme estrutura de maneira simples a rotina diária do pequeno cego. Nos cinco dias, a disposição dos planos é a mesma: a casa no rio, o ponto de ônibus, o trajeto, a oficina. Porém, no trajeto, o imprevisível se dispõe de acordo com o que Korshid escuta. Com isso seu percurso para o trabalho é freqüentemente alterado. Procura permanecer com os ouvidos tampados, para não ser levado a seguir uma bonita voz ou bonito canto instrumental. Quando se reserva, tampando os ouvidos, escuta o som de água, que se refere à mãe, à casa e à questão que deve ser priorizada. Quando se distrai, perde-se atrás de um bonito som, chegando atrasado para o trabalho. Na verdade, sua atitude é poética e associada ao Rubayat de Omar Kayyam (poeta e matemático persa do século XII), declamado por duas meninas e pelo próprio Korshid durante o primeiro trajeto no ônibus.

No momento do devaneio, Korshid abdica de suas preocupações passadas e futuras, vive o presente com intensidade e dedicação, liberta-se e redimensiona o sentido da sua rotina. Não planeja o amanhã e sequer o faz em relação ao seu trajeto. Porém, no momento em que recita o poema, quem se perde do trajeto é a outra face da infância iraniana, a que vai à escola, lê esse texto, mas não se permite levar por ele.

Uma das seqüências subseqüentes chama atenção pela sutileza do diretor ao tratar a relação de amizade entre Korshid e Naderah. Primeiro impõe o ambiente de uma feira, através da cacofonia das vozes e ruídos produzidos pelas pessoas, num plano geral do som da cena. Depois o ponto de escuta se converte na música eletrônica vinda de um rádio de pilha. Nesse instante Korshid se distrai e é atraído pela música. Perde-se. Naderah, ao perceber a ausência do amigo, passa a chamá-lo, sem êxito. Coloca-se no lugar do amigo, fecha os olhos e procura perceber o mundo como ele. Uma música, dessa vez não eletrônica e sim acústica, tocada numa casa de chá, atrai tanto ele quanto ela, e assim encontram-se. Numa leitura superficial, associei também a música eletrônica ao desencontro e a música acústica à possibilidade de encontro.

Korshid ressignifica o som da batida na porta, musicalizando-a a cada início do ciclo diário. Escuta-se no primeiro dia apenas a batida, no segundo a batida mistura-se à música, no terceiro ela quase não é escutada, no quarto a eminência da ação retorna à batida, e no último dia, Korshid antecipa-se à chegada do senhorio e percebe-a sob outra perspectiva, dessa vez já fora da casa.

Intercalados a momentos de puro lirismo, como quando Korshid deixa que a chuva toque o instrumento que carrega, ou quando escolhe o pão que vai comprar pela voz de quem o vende, o filme aponta a realidade da infância e a situação de tensão política aos olhos de uma criança. No terceiro dia, Korshid escuta no ônibus um músico excepcional, que o desvia do trajeto. Esse músico segue seu caminho numa charrete puxada por um cavalo. Korshid, por sua vez sobe numa charrete puxada por uma criança e a trilha sonora mescla os sons do cavalo, dos carros e da respiração ofegante e cansada do jovem que carrega a carroça. Num outro momento, com a companhia de Naderah, afilhada e intérprete do seu patrão, encontra um guerrilheiro armado tocando música numa praça. Admira e teme ao mesmo tempo. Quando passa por uma oficina de construção de panelas, encontra jovens como ele e outros mais velhos, batendo indiscriminadamente para conseguirem abaular o metal, pede para que atentem ao som que fazem e lhes sugere a batida do bambambambam.

No quarto dia, já sem emprego e perspectiva para a solução do problema que o aflige, Korshid reencontra o músico, que sugere que ele e seus amigos toquem para o proprietário, a fim de demovê-lo da ação de despejo. Korshid identifica-se com o músico, assim como demonstrou identificar-se com o guerrilheiro, apreciando suas músicas. Lembro que do mesmo modo que Korshid se relaciona com os insetos, o músico o faz com os animais.

Reúnem-se no quinto dia Korshid, Naderah e os músicos. Sem o pesar do passado ou o medo do futuro, Korshid pede um ritmo próximo ao galope de um cavalo, e com ele inicia seu novo caminho. Reencontrando mais adiante os jovens trabalhadores, batedores de panelas, novamente e em definitivo liberta-se do que lhe sobrou do medo e da responsabilidade que tinha associado ao bater da porta para, a partir dela, transverberar - transformar em luz e som - a 5ª sinfonia de Beethoven regida pelo menino.

Desse modo, Mohsen Makhmalbaf retrata a condição do real, através do olhar/ouvir individual que se choca com o coletivo, reconstrói o espaço vivido por uma criança cega, que mesmo com sua ausente infância protagoniza a possibilidade de transformação, projeta sua relação com os ambientes sonoros que percorre - os sons da casa e seu valor afetivo, os do medo e da esperança -, sempre relacionando a possibilidade de conversão e transformação: do desafinado ao afinado; do silêncio, ao som; do ruído à música.

Referências Bibliográficas

BACHELAR, Gaston (1974). A poética do espaço. Coleção os Pensadores, vol. XXXVIII. São Paulo: Ed. Abril, 1974.
BACON, Henry. Visconti, explorations of beuty and decay. New York: Cambridge, 1998.
CHION, Michel. El sonido, música, cine, literatura... Barcelona: Piados, 1998.
GATTARI, Félix. Caosmose, um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34.
HARVEY, David. Condição pós-moderna.São Paulo: Ed. Loyola, 1989.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas & pós-cinemas. Campinas: Papirus, 1997.
TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

Marco Scarassatti é músico e professor da Faculdade Cásper Líbero.

Tamanho: 246.72 MB
Áudio: Persa
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama, musical

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Legenda:
O_Silencio.zip (Opção 1)
O_Silencio.zip (Opção 2)
O_Silencio.zip (Opção 3)
O_Silencio.zip (Opção 4)
O_Silencio.zip (Opção 5)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Luto


Pelo falecimento da idealizadora e principal mantenedora do blog, que há anos lutava contra leucemia.

domingo, 15 de março de 2009

Eran Kolirin [2007]

O filme A Banda, do diretor e roteirista israelense Eran Korilin, que vem acumulando prêmios em diversos festivais de cinema, é uma grata surpresa e não só pela inusitada temática.

Embalado por uma bela trilha sonora ao estilo jazzístico e pela adoção de tempos estendidos, ao estilo do mestre Antonioni, e também com claras referências ao cinema de Wim Wenders, A Banda ambienta-se em uma cidade perdida no deserto israelense. O tempo parece ali parar. E é nesse estado de suspensão da ação que somos mergulhados no universo de solidão não só do lugar em si, mas muito mais dos personagens, tanto dos que chegam, os músicos, quanto dos que ali permanecem para sempre.

Ao longo do filme, quase nos esquecemos de que tais personagens pertencem a dois grupos tradicionalmente conflituosos entre si: egípcios e israelenses. E esse é o grande atrativo de A Banda, a exposição do mundo interior desses personagens, mostrados apenas como pessoas comuns, exposição esta conduzida com extrema sensibilidade, como todo o bom cinema é capaz de realizar. Um filme que consegue tocar espectadores de culturas tão diversas e distantes, como eu e meu amigo Paulo, que assistíamos ao filme mergulhados naquela atmosfera contemplativa em uma sala de cinema do Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul.

Estão ali personagens universais, facilmente identificáveis e verossímeis, outro aspecto basilar que o bom cinema procura retratar. Diante da tela, encontram-se pessoas iguais a nós, independente de qualquer nacionalidade. Simplesmente pessoas. É disso que trata A Banda, filme que recomendo especialmente àqueles que apreciam um cinema que se permite dar-se à contemplação.


Crítica de Denise Duarte

- Recebeu uma indicação ao Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro.

- Ganhou 2 prêmios no European Film Awards, nas categorias de Melhor Ator (Sasson Gabai) e Descoberta do Ano. Foi ainda indicado na categoria de Melhor Roteiro.

- Ganhou o Prêmio da Juventude, o Prêmio FIPRESCI e o Juri Coup de Coeur, na mostra Un Centain Regard, no Festival de Cannes.

- Ganhou o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio do Público, no Festival de Copenhagen.

Tamanho: 272.19 MB
Áudio: Árabe, hebraico
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Comédia dramática

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Legenda:
A_Banda.zip (Opção 1)
A_Banda.zip (Opção 2)
A_Banda.zip (Opção 3)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Selo de Reconhecimento


O CineMuslim foi indicado pelo blog amigo GoriJi para receber o selo acima. Mais uma vez agradecemos à Jules pelo interesse no material que disponibilizamos e o seu esforço em combater a islamofobia!

Regras:

-> Exibir a imagem “olha que blog maneiro”;

-> Exibir o link do blog que te indicou;

-> Indicar 10 blogs de sua preferência;

-> Avisar os indicados;

-> Publicar as regras;

-> Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

Começando com 5 indicações:

* Blog do Islamic Chat
* Salaam Paz
* Cartas Islâmicas
* Poder da Palavra
* Brazilian Concert Music

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eran Riklis [2008]

Salma Zidane (Hiam Abbass) é uma viúva palestina e vive da venda das conservas de limão que produz em casa. Os frutos são colhidos no próprio pomar, plantado pelo pai há mais de 50 anos. O problema é que o limoal também fica ao lado da mansão do ministro da Defesa de Israel, seu mais novo vizinho, e o Serviço Secreto decide que os limoeiros devem ser arrancados por questão de segurança. O terreno é considerado perigoso, podendo servir de esconderijo para ataques terroristas. Mas a coisa ganha vulto quando Salma resolve entrar na justiça para garantir a permanência das árvores que simbolizam sua subsistência e suas raízes. Para a empreitada, ela consegue o apoio do jovem advogado Ziad (Ali Suliman) e está disposta a ir até o fim pelos seus direitos.

Continue lendo a crítica de Ademar Jr. de Queiroz

Tamanho: 340.29 MB
Áudio: Árabe, hebraico
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Comédia dramática
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Legenda: Limoeiro.zip

Sugestão do Blog [Cinema Ocidental]

Um capitão dos Estados Unidos é enviado ao Japão para combater os samurais remanescentes mas, após ser capturado, muda seus conceitos sobre o inimigo. Dirigido por Edward Zwick (2003) e com Tom Cruise no elenco. Recebeu 4 indicações ao Oscar.






Tamanho: 549.44 MB
Áudio: Português, Japonês
Legenda: Sem legenda
Formato: RMVB
Gênero: Drama, Ação
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Sugestão do Blog [Cinema Oriental]


A Irmandade da Guerra é um filme de Kang Je-Gyu (2004) sobre a Guerra Civil coreana.

Tamanho: 528.25 MB
Áudio: Português
Legenda: Sem legenda
Formato: RMVB
Gênero: Guerra
Link:
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sugestão do Blog [Cinema Oriental]

Filme de Feng Xiaogang (2007) sobre a Guerra Civil chinesa.

Tamanho: 509.32 MB
Áudio: Português
Legenda: Sem legenda
Formato: RMVB
Gênero: Guerra

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Jafar Panahi [1995]


O Balão Branco - Um dos maiores sucessos do cinema iraniano, que tomou as salas dos cinemas de arte no Brasil na década de 90. Um filme aclamado pela crítica que revelou o diretor Jafar Panahi, discípulo do grande Abbas Kiarostami. Depois, Panahi faria vários filmes premiados, como O Círculo.

Na véspera do Ano Novo iraniano, a menina Razieh sonha em comprar um peixinho dourado. Depois de implorar muito, consegue convencer a mãe a lhe dar o dinheiro. Porém, acaba perdendo a quantia no percurso até a loja, e o que seria uma simples compra torna-se uma viagem repleta de obstáculos. [2001 Vídeo]

Tamanho: 337.51 MB
Áudio: Persa
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

Legenda:
O_Balão_Branco.zip (opção 1)
O_Balão_Branco.zip (opção 2)

Jafar Panahi [1997]


Discípulo do mestre iraniano Abbas Kiarostami, Jafar Panahi foi assistente de direção de Através das Oliveiras e dirigiu uma série de curtas e documentários antes de filmar O Balão Branco, roteirizado por Kiarostami e um sucesso internacional, vencedor do prêmio Camera D'Or no Festival de Cannes de 1995. Seu segundo longa, O Espelho, ganhou o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno de 1997 com o mesmo estilo documental que implode os limites entre ficção e realidade, típicos do moderno cinema iraniano.

A protagonista é a mesma garotinha do filme anterior, Mina Mohammad-Khani, uma menina de dez anos com o braço engessado, que espera a mãe buscá-la na escola. Como a descuidada genitora não aparece, ela resolve se aventurar pelas ruas de Teerã para encontrar o caminho de casa. Assim como O Balão Branco e
Filhos do Paraíso, o encantamento de O Espelho reside no olhar infantil sobre um mundo caótico e nem sempre simpático às agruras infantis, mas não se reduz à repetição do tema. Quando Mina se rebela com a condição impalpável de personagem, renunciando ao papel diante das câmeras, Panahi revela a outra face do espelho, o jogo de duplos que é o cinema. [ZAZ Cinema]

Tamanho: 307.08 MB
Áudio: Persa

Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

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Legenda: O_Espelho.zip

domingo, 26 de outubro de 2008

Richard Rich [2002]


Animação Muhammad, O Último Profeta, no original em inglês. A legenda em inglês é optativa.



Tamanho: 296.98 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Inglês
Formato: RMVB
Gênero: Religioso



sábado, 18 de outubro de 2008

Gillo Pontecorvo [1965]

A Batalha de Argel ficou proibida na França até 1971 e no Brasil durante a Ditadura Militar. Recebeu 3 indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original. Ganhou o Leão de Ouro e o prêmio Fipresci no Festival de Veneza de 1966.





Tamanho: 405.87 MB

Áudio: Francês, Árabe
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama
Link:
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Legenda:
A_Batalha_de_Argel.zip

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Shahriar Bohrani [2007]


"Santa Maria" (Maryam al-Muqaddasah) no original em farsi e com legendas em inglês, pela primeira vez disponível na Internet no formato rmvb (tamanho reduzido de quase 1 GB para 414 MB, sem afetar a qualidade). Uma belíssima produção iraniana de quase 2h sobre a Mãe de Jesus (a paz esteja com ele), para marcar a reativação do blog!

Tamanho: 414.44 MB
Áudio: Persa
Legenda: Inglês (embutida)
Formato: RMVB
Gênero: Religioso
Link:
Megaupload

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Robert Greenwald [2006]

Iraque à venda é um documentário impressionante sobre como corporações como a Halliburton, ligada ao vice-presidente estadunidense Dick Cheney, estão lucrando de forma extremamente desonesta com a Guerra do Iraque. A terceirização de serviços pessimamente prestados e super faturados não inclui apenas atividades acessórias... Além de providenciar serviços de alimentação, escritório, lavanderia, transporte, etc., civis estiveram envolvidos nos interrogatórios e torturas dos prisioneiros de Abu Ghraib.

Tamanho: 250.13 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Documentário
Link: Megaupload

Legenda:
Iraque_a_venda.zip

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Michael Moore [2002]

Documentário que investiga a fascinação dos estadunidenses pelas armas de fogo. Michael Moore, diretor e narrador do filme, questiona a origem dessa cultura bélica e busca respostas visitando pequenas cidades dos Estados Unidos, onde a maior parte dos moradores guarda uma arma em casa. Entre essas cidades está Littleton, no Colorado, onde fica o colégio Columbine. Lá os adolescentes Dylan Klebold e Eric Harris pegaram as armas dos pais e mataram 14 estudantes e um professor no refeitório. Michael Moore também faz uma visita ao ator Charlton Heston, presidente da Associação Estadunidense do Rifle. Vencedor do Oscar de Melhor Documentário.

Tamanho: 390.53 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Documentário
Link: Megaupload

Legenda: Tiros_em_Columbine.zip

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hany Abu-Assad [2005]

24 horas na vida de dois homens-bomba, seus medos e decisões. Paraíso Agora acompanha as últimas horas de vida dos palestinos Khaled e Said, amigos de infância que são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Levados à fronteira com bombas presas ao corpo eles acabam se perdendo um do outro. Separados, eles têm de enfrentar seu destino e suas próprias convicções. Vencedor do Globo de Ouro 2006 de Melhor Filme Estrangeiro. Três prêmios em Berlim 2005, incluindo o de melhor filme concedido pela Anistia Internacional.

Tamanho: 285.61 MB
Áudio: Árabe
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

Link: Megaupload

Legenda
:
Paraiso_Agora.zip (opção 1)
Paraiso_Agora.zip (opção 2)

Bahman Ghobadi [2004]

Na fronteira entre Irã e Iraque, semanas antes da invasão deste pelas tropas estadunidenses, num acampamento de refugiados curdos, as pessoas se reúnem para ouvir as notícias da guerra. A figura central desse grupo é Satélite (Soran Ebrahim), um garoto que exerce a liderança entre crianças, jovens e adultos.

Tartarugas Podem Voar registra o caos em que essas pessoas vivem, o isolamento e a completa falta de informações relativas à guerra. Agrin (Avaz Latif), uma garota de 14 anos, chega à região com seu irmão e um filho pequeno. Eles, que encontram dificuldade em se relacionar com os outros refugiados, também acabam de passar por uma experiência traumática. Vencedor do Hugo de Prata do Festival Internacional de Cinema de Chicago, além de premiado nos festivais de Berlim, San Sebastián e México.

Tamanho: 317 MB
Áudio: Árabe
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

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Legenda:
Tartarugas_Podem_Voar.zip

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Bahman Ghobadi [2000]

Em Tempo de Embebedar Cavalos, algumas crianças órfãs são obrigadas a lutar sozinhas pela sobrevivência no Irã, perto da fronteira com o Iraque. O irmão mais novo sofre de uma doença grave e só tem mais um mês da vida se não fizer uma operação. Como eles não contam com o dinheiro para a cirurgia, uma das irmãs resolve se casar com um iraquiano que promete ajudar a família com dinheiro. Vencedor do prêmio Caméra D’Or, no Festival de Cannes 2000.

Tamanho: 253 MB
Áudio: Persa
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

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Legenda (por mfcorrea):
Tempo_de_Embebedar_Cavalos.zip

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Michael Winterbottom [2006]

Misturando ficção e cenas de documentário, Caminho Para Guantánamo foca a história de um trio de muçulmanos nascido no Reino Unido. Por dois anos, eles ficaram presos na Baía de Guantánamo, em Cuba, até serem soltos sem acusações formais.

- Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Documentário.

- Recebeu 2 indicações ao European Film Awards, nas categorias de Melhor Filme e Melhor Diretor.

- Ganhou o Urso de Prata de Melhor Diretor, no Festival de Berlim.


Tamanho: 337.88 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama

Link: Megaupload

Legenda:
Caminho_para_Guantanamo.zip

Leia comentários sobre o filme por Mariana Vidal.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Majid Majidi [1999]

Este é um dos mais bonitos e emocionantes filmes dos últimos tempos. Uma produção iraniana que recebeu muitos prêmios mundo afora. A Cor do Paraíso narra a comovente história de Mohammad, um menino cego que mora numa escola para deficientes visuais e que, nas férias, volta para seu vilarejo nas montanhas, onde convive com as irmãs e sua adorada avó. O pai, que é viúvo, se prepara para casar novamente.

Mohammad é um garoto muito vivo, que tem uma enorme sensibilidade. Seu jeito simples de "ver o mundo" é uma lição de vida.

Vencedor do Grand Prix des Amériques, no Festival de Montreal, e do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro de 2000, no Festival San Diego Film Critics Society Awards.

Tamanho: 325 MB
Áudio: Persa
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama
Link:
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Legenda:
A_Cor_do_Paraíso.zip

terça-feira, 1 de abril de 2008

Majid Majidi [1997]

Um maravilhoso, extraordinário e comovente filme. Atuação marcante com talento, humor e delicadeza. - New York Post

"Filhos do Paraíso" é extremamente tocante em uma história de profunda devoção entre crianças. É um filme comovente... irresistível! - Los Angeles Times

"Filhos do Paraíso" concorreu ao Oscar de filme estrangeiro ao lado do vencedor "A Vida é Bela" e "Central do Brasil". A história é centrada em Ali, um garoto de nove anos que perde o sapato recém-consertado da irmã, Zahra, quando ia para a escola.

Filhos de pais humildes, decidem não contar o ocorrido e revezam o único par de sapatos restante, enquanto que Ali tenta ganhar o prêmio de terceiro lugar numa maratona, onde o prêmio é um par de sapatos. Emocionante!


- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.


- Ganhou o prêmio de Melhor Filme Asiático, no Festival Internacional de Cingapura.


- Ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, no Festival Internacional de Newport.


- Ganhou o Prêmio do Júri, o Grand Prix das Américas e o Prêmio do Público, no Festival Internacional de Montreal.


Tamanho: 324 MB

Áudio: Persa
Legenda: Português (embutida)
Formato: RMVB
Gênero: Drama
Link: Megaupload (1 arquivo) ou
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Opção Megaupload
Arquivo

Opção zShare*
Arquivo 1
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Arquivo 3
Arquivo 4

* Para juntar as partes use o programinha HJSplit

terça-feira, 25 de março de 2008

Yoav Shamir [2003]

Vencedor da edição 2003 do mais importante festival de documentários do mundo, o IDFA, realizado em Amsterdã, Holanda.


Tamanho: 222.18 MB
Áudio: Hebraico, árabe, espanhol
Legenda: Espanhol
Formato: RMVB
Gênero: Documentário

Artigo escrito pelo judeu brasileiro Nathaniel Braia comentando Posto de Controle

segunda-feira, 17 de março de 2008

James Miller [2004]


Sob a direção do cameraman inglês James Miller, Morte em Gaza era inicialmente planejado como um documentário da HBO sobre crianças vivendo em uma área do conflito árabe-israelense. No entanto, um soldado israelense atirou e matou Miller durante a produção. A produtora Saira Shah compilou as filmagens e completou o filme. O resultado é um filme sentimental, verdadeiro e comovente que conta a terrível história de vida e morte na Faixa de Gaza.

Tamanho: 389.16 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Sem legenda
Formato: RMVB
Gênero: Documentário
Link: Megaupload


domingo, 16 de março de 2008

Kiarostami [1987]

O garoto Ahmad, ao fazer seu dever de casa, percebe que pegou o caderno de seu amigo por engano. Sabendo que o professor exige que as tarefas sejam feitas no caderno, escapa das vistas de sua mãe e parte em busca do colega. Ele vai até uma vila nos arredores com o intuito de encontrá-lo para devolver o caderno. Chegando lá, encontra-se com diversos moradores e vivencia o dia-a-dia de cada um num ritmo lento e extremamente real. A vila fica no alto das montanhas e já foi utilizada em outros dois filmes de Kiarostami. Com essa história, o diretor deu início a uma trilogia que mostra a vida dos moradores de um vilarejo simples e pacato do Irã, retratando como estes se recuperam de um terremoto devastador. Onde Fica a Casa do Meu Amigo? (1987) é o primeiro da série.

Tamanho: 259.45 MB

Áudio: Persa
Legenda: Português
Formato: RMVB
Gênero: Drama
Link:
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Legenda:
Onde_fica_a_casa_do_meu_amigo.zip (Opção 1)
Onde_fica_a_casa_do_meu_amigo.zip (Opção 2)
Onde_fica_a_casa_do_meu_amigo.zip (Opção 3)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Kiarostami [1997]

Premiado com a Palma de Ouro no 50º Festival de Cannes, Gosto de Cereja acompanha a trajetória do senhor Badii. Ele é um homem de seus cinqüenta anos e está vagando em seu carro pelos pontos da cidade onde desempregados se oferecem para trabalhos avulsos e ocasionais.

O senhor Badii tenta encontrar em meio a esse gente alguém disposto a entrar no seu carro e ganhar um dinheiro rápido e fácil em troca de um trabalhinho. Um trabalhinho difícil de explicar e que ninguém parece disposto a aceitar.

O senhor Badii dialoga com uma série de personagens que vivem mais ou menos à margem da sociedade e que recebem sua proposta com reações variadas. Há quem aceite entrar no seu carro e ouvir o senhor Badii até o final. Difícil é encontrar alguém que aceite a sua generosa oferta.

O que o senhor Badii quer é alguém que se disponha a atender ao seu último desejo, na aurora do dia seguinte: chamá-lo pelo nome duas vezes, ao pé de uma cova já cavada; se ele responder, socorrê-lo; se não responder, cobri-lo com terra.

O gosto da cereja é uma lembrança sugerida pelo único personagem que deixa aberta a possiblidade de colaborar com o senhor Badii. O seu relato emocionante também usa o tema do suicídio, mas para inspirar amor à vida.


Tamanho: 317.56 MB

Áudio: Persa
Legenda: Português (embutida)
Formato: RMVB
Gênero: Drama
Link:
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